Trazes contigo a linguagem do corpo sussurando no teu olhar. Só aí residem as verdades de antes do Tempo, quando soltas em brisas de desconcerto os batuques do teu coração, os gritos das tuas vozes. Então vagueias em ti, contigo…e para mim. Choras, ries, gritas, pedes, mostras, suplicas, exiges, queres, dizes sim e dizes não, rasgas, soltas, prendes, abres, ranges, tremes, matas e ressuscitas. Só no teu olhar! Ai, dizes sem saber, o que pensas, o que sentes…, quase, agora! …eras tu!
Depois vem o tempo das palavras, irrompendo em vagas de certezas para então enterrares de vez a diferença.
Espero novamente o cantinho do silêncio para encontrar Essa Diferença, que negas até ao desespero. Entretanto não posso evitar e permaneço cativa, em revolta, daqueles olhares, do som do teu corpo, do teu silêncio falado.
Eu própria
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